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Ministério Público de SP vai ouvir mulheres que acusam obstetra Renato Kalil de violência sexual


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pretende ouvir mais duas mulheres que afirmam ser vítimas de violência sexual praticada pelo médico obstetra Renato Kalil. Uma delas trabalhou como babá na casa de Kalil em 2013 e outra é uma ex-paciente. As mulheres relataram os casos durante reportagem do Fantástico exibida no último dia 9

O Ministério vai analisar a coleta de provas e o conteúdo dos depoimentos para verificar se são suficientes ou se ainda precisarão de mais complementos.

O Kalil passou a ser investigado pelo MP-SP após áudio vazado de uma conversa íntima que mostra a influencer digital Shantal Verdelho acusando o médico obstetra Renato Kalil de cometer violência obstétrica durante o parto de sua segunda filha, em setembro de 2021. A influencer afirma que o médico usou palavrões durante o parto e expos sua intimidade para o pai da criança, Mateus Verdelho, durante o procedimento e também para terceiros

A influenciadora gravou o momento de seu trabalho de parto e é possível ver o médico xingando-a durante o procedimento  e tratando-a de forma pejorativa. Trechos do vídeo foram exibidos na matéria do Fantástico. Há uma investigação criminal em curso pela 27ª DP da cidade de São Paulo, onde a influenciadora registrou  pedido de inquérito.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriu  processo interno de apuração sobre as denúncias.

Procurado pela reportagem acerca das acusações contidas nos áudios e vídeos, Renato Kalil negou as acusações da influencer e afirmou que tomará 'providências jurídicas' por 'ataques à sua reputação', segundo matéria do portal UOL.

O que é violência obstétrica?

É o tratamento desumanizado conferido às mulheres no parto. Violência obstétrica é caracterizada por abusos sofridos por mulheres nos serviços de saúde durante a gestação, na hora do parto, nascimento ou pós-parto. Esse tipo de violência abrange tanto as físicas quanto psicológica.

Entre as práticas consideradas abusivas estão xingamentos; mandar ficar quieta, não se mexer, não expressar dor, não gritar; proibição da entrada de acompanhante (medida que confronta a Lei 11.108/2005); utilização de ocitocina para acelerar trabalho de parto; toques sucessivos e por várias pessoas;  deixar a parturiente nua e sem comunicação; impedir ou dificultar o aleitamento materno na primeira hora; realização de cesarianas desnecessárias, sem o consentimento da mulher ou apenas por conveniência médica.

Vale destacar que a mulher pode exigir cópia do seu prontuário junto à instituição de saúde que foi atendida. Denúncias de violência podem ser feitas à Agência Nacional de Saúde (ANS). DISQUE ANS (0800 701 9656): Atendimento telefônico gratuito, disponível de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas (exceto feriados).

Fonte: Agências de Notícias; Foto: Pixabay

 


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